sábado, 10 de novembro de 2012

Como tratar da doença periodontal nos cães.


 
As doenças periodontais são muito comuns em cães, sendo que aproximadamente 80% destes com idade superior a três anos apresentam algum tipo da doença. Os mais acometidos, além do fator “idade”, são os cães de pequeno porte, com predileção por raças que não possuem uma arcada dentária bem organizada, como llhasaapso e Pequinês.

Outros fatores que influenciam na evolução da doença são os diretamente relacionados ao acúmulo de placas bacterianas nos dentes, que pode ser por algum problema de retenção de um dente decíduo, falta de escovação, imunidade baixa ou dieta inadequada. Cães que se alimentam da mesma comida que seus proprietários, petiscos e rações úmidas têm seus resíduos facilmente depositados entre os dentes, em suas ranhuras e próximo à gengiva, promovendo um ambiente ótimo para reprodução de uma flora bacteriana.

A doença periodontal uma importância muito grande na Medicina Veterinária, uma vez que pode ser desde uma gengivite até expor o animal a uma doença sistêmica causada pela absorção de metabólitos bacterianos pela corrente circulatória. A placa é visivelmente diferenciada pela sua cor amarelada, também chamada de induto mole ou biofilme dentário, que é formado sobre o esmalte do dente e, por falta da remoção da mesma, ocorre a multiplicação de bactérias.

Dois termos ainda muito presentes quando se trata de doença periodontal são: gengivite e periodontite. A gengivite é uma inflamação que ocorre entre o dente e a gengiva e se tratado corretamente e no tempo adequado, é facilmente reversível, necessitando apenas da remoção da sua fonte. Já a periodontite é um pouco mais grave, pois ela é caracterizada por um processo inflamatório que envolve a perda da relação periodontal e possível perda do osso alveolar, e não o tendo como suporte, o dente não consegue se sustentar.

A maneira correta de cuidar da saúde bucal do seu animal é o mantendo sobre observação constante, além de zelar por uma ração de consistência mais firme, que além de não acumular nos dentes, ajuda a promover a higienização dos mesmos através de sua ação mecânica na cavidade bucal durante a mastigação, além de criar um costume de escovar seus dentes e leva-lo para a remoção do tártaro quando estipulado pelo seu Médico Veterinário.

Uma dica para veterinários é manter consigo o odontograma, que é uma ficha de avalição odontológica, para ser registrado tanto os problemas quanto as próprias individualizações da arcada do animal, facilitando e trazendo praticidade a seu trabalho.

Fonte: Revista “Nosso Clínico – Medicina Veterinária para animais de companhia”

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