terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Funcionários do Ibama em Alagoas desviavam animais para tráfico.


Investigações da Polícia Federal descobriram que funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Alagoas estariam desviando animais silvestres do Centro de Triagem (CETAS), para serem comercializados no mercado irregular.

                                                                               Animais serão devolvidos para sede do Ibama.
                                                                                        (Foto: Divulgação/Ascom Ibama)

A PF deflagrou uma operação, na manhã desta quarta-feira (11-12-13), para cumprir cinco mandados de condução coercitiva e seis de busca e apreensão na região de Maceió.

Segundo a PF, a quadrilha contava com a participação de prestadores de serviço (tratadores e vigilantes) e de um ex-estagiário do órgão federal. As investigações iniciaram a partir de informação do Ibama, que deu apoio a Operação Eleutheros, deflagrada esta manhã. Informações indicaram que o grupo agia de duas maneiras: apropriando-se e retirando os animais do CETAS sem conhecimento e autorização do órgão e simulando solturas.

A PF informou que identificou uma situação em que foi lançada no sistema de controle do CETAS a liberação de 11 animais à natureza, entre jiboias, iguanas, graúnas e xexéus, mas somente dois foram de fato libertados. Os demais teriam sido desviados. As graúnas e xexéus são espécies com considerável interesse comercial por sua capacidade de canto.

De acordo com a PF, os investigados serão indiciados por peculato, crime de desvio de dinheiro ou bens por funcionário público; guarda ilegal de animais silvestres e inserção de dados falsos em sistema de informação.

Centro de Triagem

O CETAS do Ibama em Alagoas é considerado referência no país. Muitos dos animais chegam debilitados ao centro, alguns são trazidos por operações do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), outros, pela própria população.

Todas as espécies que chegam ao Ibama são levadas para uma sala de triagem onde são examinadas por um veterinário que determina suas condições. Se o animal estiver saudável, é devolvido à natureza, senão fica em quarentena onde recebe tratamento, podendo ficar meses em observação em uma das sete áreas do centro.

Fonte: G1

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