terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Pesquisa afirma que cachorros têm sentimentos comparados aos de crianças.


Gregory Berns, professor de neuroeconomia da Emory University, nos Estados Unidos, fez uma pesquisa por dois anos com o intuito de entender o funcionamento do cérebro dos cães e descobrir o que eles pensam sobre as pessoas. Após vários testes e experimentos, ele concluiu que os cachorros usam a mesma parte do cérebro humano para sentir.
Para isso, o pesquisador usou uma máquina de ressonância magnética, capaz de analisar o cérebro humano. Os exames foram feitos com os animais completamente acordados, e não anestesiados. Desta forma o exame permitiu mapear pela primeira vez as reações cerebrais dos cachorros a estímulos. Todos os cães que participaram foram voluntários e podiam desistir de participar da pesquisa quando quisessem.
Para que o teste pudesse ser feito com cão imóvel, Berns contou com a ajuda de Mark Spivak, um treinador de cães que o ajudou a ensinar Callie, a cachorra do pesquisador e a primeira voluntária, a ficar imóvel durante o procedimento da ressonância magnética. Após alguns meses, dezenas de cachorros se tornaram voluntários na pesquisa.
Os mapas cerebrais gerados pela máquina comprovaram que os cães usam a mesma parte do cérebro humano para prever situações prazerosas: o núcleo caudado. Essa área, entre o tronco cerebral e o córtex, é rica em receptores de dopamina e costuma ficar mais ativa nos humanos diante de situações que envolvam comida, amor e dinheiro. Também foi essa a região estimulada nos cães quando simularam que receberia um petisco ou quando o tutor reapareceu após ficar alguns minutos distante.
A médica veterinária, Jamile Haddad, da Conspet Veterinária, de Foz do Iguaçu, aponta também que, através do mapeamento cerebral, será possível abrir ainda mais o leque de emoções animais que já foram há muito tempo descritas na literatura, como por exemplo a compaixão, o altruísmo e até mesmo fenômenos perceptivos mais complexos, como a telepatia e a premonição, cujo exemplo mais notório é a do gatinho Oscar, que conseguiu prever a morte de 25 pacientes de uma enfermaria de um hospital para idosos nos EUA, percepção esta que muitas vezes escapa a compreensão atual da ciência.
Berns defende que a capacidade de experimentar emoções positivas, como o amor e o apego, significaria que os cães têm um nível de sensibilidade comparável a de uma criança humana.

Fonte: CBN

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