terça-feira, 25 de março de 2014

Segundo estudos, injeções oferecem proteção contra Aids em macacos.


BOSTON – Pesquisadores informaram que injeções de remédios de longa duração contra a Aids protegeram macacos durante semanas contra infecção, uma descoberta que poderia levar a uma grande revolução na prevenção das doenças em humanos.


BOSTON – Pesquisadores informaram que injeções de remédios de longa duração contra a Aids protegeram macacos durante semanas contra infecção, uma descoberta que poderia levar a uma grande revolução na prevenção das doenças em humanos.

Dois estudos em grupo em laboratórios diferentes encontraram cem por cento de proteção em macacos que receberam injeções mensais de drogas antirretrovirais, e existem provas de que uma única injeção a cada três meses pode dar o mesmo resultado.

Se a descoberta puder ser reproduzida em humanos, ela tem o potencial de vencer um grande problema na prevenção da Aids, o de que muitas pessoas se esquecem de tomar regularmente os antirretrovirais.
Um estudo clínico preliminar com humanos pode começar até o fim deste ano, disse o Dr. Wafaa El-Sadr, especialista da Faculdade Mailman de Saúde Pública, da Universidade Columbia, mas um teste maior que poderia levar a um tratamento em humanos provavelmente só correrá daqui a alguns anos.
Sabe-se desde 2010 que pessoas saudáveis que tomam uma pequena dose diária de remédios antirretrovirais – procedimento conhecido como profilaxia pré-exposição – podem conseguir uma proteção superior a 90 por cento contra infeção.

Porém, em vários estudos clínicos realizados depois disso com homens gays, com usuários de drogas intravenosas e em casais nos quais um dos parceiros está infectado, comprovou-se que os únicos participantes protegidos eram os que tomavam o remédio todo dia, sem falhas, mas muitos não tomavam.

A taxa de esquecimento se mostrou particularmente alta entre mulheres na África. Embora algumas participantes de um estudo de profilaxia pré-exposição contaram aos pesquisadores estarem assustadas com boatos sobre efeitos colaterais, muitas também falaram que estavam com medo de guardar o remédio em casa, receosas de que o parceiro sexual ou um vizinho as visse e equivocadamente presumisse que elas estivessem contaminadas com a doença.

Segundo vários especialistas em Aids, uma injeção intramuscular que as mulheres recebessem a cada três meses poderia mudar esse cenário.

Na África e em outros lugares do mundo em desenvolvimento, muitas mulheres já recebem injeção de hormônios para controle natal de longa duração como o Depo-Provera, optando por ele no lugar das pílulas diárias, o que pode enraivecer esposos ou namorados que as encontrem.




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