terça-feira, 6 de maio de 2014

Animais ganham áreas nos condomínios.

No Le Parc Residential Resort, empreendimento localizado na avenida Paralela, o pet play tem areia

Eles são uns fofos (alguns), fazem a maior companhia – uma sujeira danada, é verdade – e merecem toda a atenção e carinho de quem os cria. Pois bem, pensando no “melhor amigo do homem”, a novidade agora entre incorporadoras e grandes condomínios – a maioria tipo clube – é destinar uma área reservada para cachorros.

Os chamados “pipi-caca-dog” ou “pet play”, na opinião do arquiteto Antônio Caramelo, é “uma grande sacada”, tendo em vista o número de animais que existem no país. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil ocupa o segundo lugar em número de bichos de estimação, com aproximadamente 37 milhões de cães e 21 milhões de gatos.

“E os tutores deles estão dispostos a pagar pelo conforto dos seus melhores amigos. Aqui na Bahia o pet play ainda é novidade, mas acredito que é uma tendência que veio para ficar”.
Caramelo destaca que o item é ainda uma questão de segurança, já que morador não precisa sair do edifício onde mora com o animal. “Eles podem passear e brincar com seus animais com maior comodidade, segurança e conforto”, afirma o arquiteto.

Sem estresse

Gerente-geral do Le Parc Residential Resort, na avenida Paralela – condomínio com 18 torres, 1.138 unidades e cerca de 200 animais cadastrados – Cristiano Muller acredita que, diariamente, uma média de 60 cachorros devam utilizar o espaço, com 30 m².

“Lá tem areia, grama, brinquedo, obstáculo. É bom, pois possibilita que o animal se solte, gaste energia, não fique estressado dentro do apartamento”.

De acordo com a gerente comercial da Via Célere, Sabrina Mota, com 17 m², o “pet play” do Première Jaguaribe – entrega este mês – prevê túnel (com 280 cm de comprimento) e pneu com regulagem de altura.

“O espaço vai ficar ao lado do parque infantil, o que deve permitir uma maior interação dos animais com as crianças”, diz.

Administradora do Elegance Garibaldi Condomínio Clube – quatro torres, 31 pavimentos, cada) -, Elane Santos conta que para fazer a manutenção do local, pelo menos uma vez ao dia, “um funcionário o lava com água, sabão e vassoura”.

“Também realizamos desinsetização periódica e o combinado é que cada morador recolha os dejetos do seu animal. A aceitação do espaço aqui é muito grande”, conta Elane.

Com 80% das obras concluídas, o empreendimento Morada das Águas, em Buraquinho (Lauro de Freitas), vai contar com nada menos que cinco “cantinhos do melhor amigo”, como foi intitulada a área.

Uma para cada torre, como explica Francisco Emílio, sócio-diretor da MFP Construtora. “As pessoas estão cada vez mais isoladas, solitárias e o cachorro faz uma grande companhia. É uma ideia e tanto”, diz Emílio.

Cuidados com o espaço para os animais

Segurança e comodidade
Com “pet play” ou “pipi caca dog”, o morador não precisa sair do edifício onde mora para passear com o animal de estimação

Saúde do animal
Segundo o administrador do Le Parc, Cristiano Muller, a área possibilita que o bicho “se solte, gaste energia e não fique estressado dentro do apartamento”

Manutenção do local
A limpeza do local deve ser feita pelo menos uma vez ao dia, com água, sabão e vassoura. Além disso, cada morador tem de recolher os dejetos do seu animal

Preocupação sanitária
Para uma melhor higiene do local, é necessário também realizar desinsetização periódica, combatendo pulgas e carrapatos

Ser social
Segundo o médico veterinário Stéfano Lima, que trabalha com clínica comportamental (ou zoopsiquiatria), cachorro é um ser social e precisa ser estimulado, correr, ter contato com outros animais

Demanda
Segundo dados de uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil ocupa o segundo lugar em número de bichos de estimação, com aproximadamente 37 milhões de cães e 21 milhões de gatos

Fonte: A Tarde

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