terça-feira, 20 de maio de 2014

‘Segue normas nacionais’, diz Fiocruz sobre pesquisa com animais na Bahia.


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), proibida pela Justiça de realizar testes experimentais em animais, informou através de nota que as segue “todas as diretrizes nacionais” e “prima pelas condições de qualidade e biossegurança que regem todas as pesquisas institucionais”. De acordo com a decisão, que começou a valer no domingo (11), foi constatada a utilização de cães sem raça definida como cobaias de experimentos com microorganismos da Leshimaniose.

Segundo a Fiocruz, as pesquisas científicas envolvendo animais “são pautadas pelos princípios de bem-estar animal”. A empresa afirma que busca utilizar “o menor número possível de animais a cada experimento” e substituir “o uso de animais por outra estratégia sempre que tecnicamente viável”.
A fundação ressalta ainda que “a ciência não pode prescindir do uso de animais em experimentação” e que os medicamentos, vacinas e alternativas terapêuticas disponíveis atualmente para uso humano dependeram de experimentação em animais.

Decisão
A determinação é do juiz Manoel Ricardo D’Ávilla, da 5ª Vara da Fazenda Pública. Na liminar, consta que a fundação usa 48 cães e que, desses, seis já foram sacrificados por conta da doença.

“Descobrimos que os animais estavam sendo usados para experimentação, sendo infectados com o pretexto de descobrir novas vacinas. Eles estavam coletando animais, supomos que na rua. Eles eram trazidos e infectados. Depois que chegavam em um estágio avançado eram sacrificados e substituídos”, afirmou Juliana Rios, conselheira da Organização Não Governamental Associação Célula Mãe, responsável pela denúncia.

Com a determinação, a Fundação está temporariamente proibida pela Justiça de continuar com os experimentos nos animais e é obrigada também a tratar os cães que já foram infectados nos procedimentos anteriores. Em caso de descumprimento, a Fiocruz deve pagar multa diária de R$ 3 mil.

Fonte: G1

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