terça-feira, 3 de junho de 2014

Cães e gatos também sentem a mudança de temperatura.


Thais Baratella com seus dois cãezinhos devidamente agasalhados para o frio (foto: Silva Jr. / Especial)

Assim como o ser humano, os animais domésticos sentem a mudança de temperatura com a chegada do inverno e tendem a ficar com baixa imunidade. Nessa época, alguns cuidados, roupas e abrigos passam a ser essenciais para evitar as doenças típicas do frio.

“Cães e gatos também sentem frio, uns mais outros menos, dependendo de suas adaptações naturais, como pelos e camada de gordura. Precisam ser aquecidos, protegidos de chuva e vento e vacinados”, ressalta a veterinária Nátalie Massaro, da Massaro Estação Animal.

Uma das primeiras mudanças na rotina deve ser a do banho. “A água morna ajuda a manter a temperatura corpórea ideal, evitando que o organismo do animal tenha que modificar suas funções basais para que ela seja atingida”, explica Nátalie. Após o banho, use um secador em temperatura morna também, para que o animalzinho não sinta frio, adoeça ou tenha uma dermatite por conta da demora em secar naturalmente.

As roupas ajudam a aquecer, mas é preciso ter sensibilidade para identificar os sinais que a reação dos animais emitem. “Tem que analisar cada animal e como ele se comporta em relação ao frio. Os que ficam mais encolhidos nesses dias se beneficiarão de acessórios de frio. Outros, no entanto, demonstram não se importar com a queda da temperatura e podem até se sentir incomodados com as roupinhas”, alerta a veterinária.

Para descobrir se seu animal está aquecido vale observar se ele está buscando locais quentes e sem vento ou as extremidades (orelhas e patas) estão frias. “Essas regiões frias indicam que houve vasoconstrição periférica para manter a temperatura corpórea ideal e garantir as reações metabólicas fundamentais para a vida. Revela que o corpo está de alguma forma se modificando para manter o organismo funcionando na temperatura ambiente”, detalha Nátalie.

A dieta também deve ser alterada nessa época, já que, para manter o corpo aquecido, o animal gasta maior quantidade de energia, que provém dos alimentos. Mas somente se ele não tiver problema ou tendência à obesidade. “Para animais magros, pode aumentar a quantidade de alimento a ser oferecida em 20% a 30%”, ensina.

Abrigo

E cuidar do abrigo do seu animal doméstico vai garantir conforto. Mesmo aqueles acostumados a dormir direto no chão devem ter algum tipo de proteção do frio. “O ideal é deixar disponíveis camas, cobertas, tapetes e panos no chão, para aqueles que não gostam de cama. Já para os que costumam destruir panos, a solução é colocar tablados de madeira, papelão ou mesmo tapetes de borracha no chão, para isolar o frio”, explica a veterinária.

Mas nem pense em usar aquecedores. Eles ressecam o ambiente, o que também causa prejuízos aos animais.

Filhotes e idosos requerem atenção

Fique atento aos filhotes e animais idosos, pois são os que mais sofrem com a queda na temperatura. “Os filhotes ainda são imaturos em relação ao controle da temperatura corpórea. Já os animais idosos sentem mais dores, porque possuem a musculatura mais atrofiada e o corpo já não é mais tão eficiente no controle da temperatura corporal”, explica Nátalie.

Segundo ela, outro fator importante nos idosos é a alta incidência de artrose nessa faixa etária, que no frio tem dores intensificadas.

“Isso ocorre devido à contração muscular e à diminuição no fluxo sanguíneo por constrição vascular, que ocorre com à baixa temperatura”, explica.

Fonte:Jornal A Cidade

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