quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Denúncias em redes sociais ajudam a coibir maus-tratos a animais, diz delegado.

 
Casos de maus tratos diminuíram a partir de 2012, aponta levantamento da Decat (Foto: Maria Lucia Metello)

A comoção nas redes sociais e a participação de internautas em denúncias de maus-tratos a animais tem ajudado a diminuir as estatísticas de crimes deste tipo em Mato Grosso do Sul nos últimos anos. É o que afirma o delegado Silvano Mota, titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista). Segundo ele, a população tem se tornado mais intolerante e repercutido amplamente casos de maus-tratos.
“O clamor das redes sociais tem ajudado a coibir os crimes. As pessoas estão denunciando, compartilhando em seus perfis, então os possíveis agressores já estão percebendo que as atitudes não serão toleradas”, explica Mota.
Os números de boletins de ocorrência registrados na Decat ilustram a diminuição no número de casos. Em 2012, foram registradas 62 ocorrências de maus-tratos em Campo Grande, e 183 no Estado. No ano seguinte, o número caiu para 39 na Capital e 144 no interior. Já este ano, até o mês de setembro a delegacia contabilizou 37 boletins de ocorrência em Campo Grande e 132 em Mato Grosso do Sul.
Proteção
Para quem trabalha em defesa dos direitos dos animais, apesar da diminuição de registros de ocorrências, o cenário ainda não é positivo. A protetora Maria Lucia Metello, representante de Mato Grosso do Sul no Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, explica que há diversos casos de maus-tratos em que as denúncias não são formalizadas e acabam não entrando para as estatísticas.
“Muitas vezes nós defensores recebemos ligações de pessoas que denunciam mas não querem se identificar, não querem registrar boletim de ocorrência pra não se comprometerem”, explica Maria Lúcia. “Em alguns casos, quando vamos até o local averiguar, conseguimos conversar com os tutores do animal e solucionar o problema sem levar a ocorrência à justiça. Temos que avaliar, tentar fazer conciliação. Mas quando necessário, acionamos a polícia”, completa.
Apesar disso, Maria Lúcia, que trabalha em defesa dos direitos dos animais há 13 anos, também avalia como importante a repercussão de denúncias nas redes sociais. “Ajuda muito. Antes a gente trabalhava sozinho, mas agora povo começou a ver e perceber a gravidade dessas situações”, finaliza.

Fonte: O Estado Online

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