quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Seca e queimadas obrigam animais a buscar socorro e refúgio nas áreas urbanas.

                                                                                                      Foto: Divulgação
A estiagem de meio de ano não chega a constituir novidade para os mineiros, que até conseguiram se adaptar a ela e aos incômodos que causa. Evitando fazer atividades que provocam maior desgaste físico entre as 10 horas da manhã e as três da tarde e nos lembrando de tomar água regularmente para hidratar o organismo, até dá pra encarar o tempo seco numa boa.
O problema é que este ano a falta de chuvas está se prolongando muito além do esperado e as consequências começam a se refletir em nosso dia a dia. A falta de água nas torneiras, cada vez mais constante, é um alerta de que, se não aprendermos a usar racionalmente este recurso natural, podemos ser forçados a fazer a economia diária por um programa governamental de racionamento, algo que ninguém deseja.
                                                                                                   Foto: Divulgação
Se falta água em nossas torneiras é porque ela também anda escassa nos rios, fontes e nascentes e os animais, por não encontrá-la em seu habitat, invadem a área urbana das cidades na ânsia de matar a sede. Outro fator que provoca a migração forçada de animais é a incidência de incêndios, que aumentou assustadoramente nos últimos dias.
A informação é do comandante do Terceiro Pelotão do Corpo de Bombeiros (com sede em Conselheiro Lafaiete), tenente Ronaldo Rosa de Lima. “O corpo de Bombeiros atendeu mais de 85 ocorrências e houve um agravamento do quadro durante o mês de setembro. Se não ocorrer um volume considerável de chuva nos próximos dias e persistir o período de estiagem, a tendência é de aumento das ocorrências de incêndios”, declarou o militar.
Recentemente, uma siriema, ave que emite um dos mais melodiosos cantos a povoar nossas matas , foi flagrada em pleno centro de Conselheiro Lafaiete. A ave foi capturada na rua Assis Andrade, próximo à Câmara Municipal, e entregue aos cuidados da equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
O tenente Ronaldo comentou o episódio, até pouco tempo inusitado, que já está começando a ficar corriqueiro: “Infelizmente, quem sente de maneira direta os efeitos nocivos das queimadas são nossa fauna e flora, mas o ser humano também é afetado. Às vezes o dano ambiental é irreparável. Quando se faz uma queimada assume-se o risco de eliminar diversas espécies animais, desequilibrar o sistema ecológico. Os mais prejudicados são serpentes, animais peçonhentos, macacos, pássaros e outros animais silvestres que, em busca de alimentos, acabam indo para a cidade”.
É crime
O tenente Ronaldo reafirmou que provocar queimada é crime inafiançável. Se você vir alguém ateando fogo à vegetação, acione a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros para que sejam tomadas providências.

Fonte: Fator Real

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